Nosso cérebro é incapaz de distinguir completamente o que é real do que é virtual. Com o avanço da tecnologia e a enxurrada de informações que recebemos diariamente, ele tem se tornado um verdadeiro depósito de dados – muitos deles desnecessários e, por vezes, até tóxicos. Por que tóxicos? Porque grande parte do conteúdo consumido, especialmente nas redes sociais, é superficial e irreal. As postagens frequentemente mostram apenas os melhores momentos, criando padrões de beleza e de vida que, na maioria das vezes, são inalcançáveis. Isso pode gerar frustrações e uma sensação constante de inadequação.
Os noticiários também contribuem para esse cenário. O consumo excessivo de notícias negativas pode levar ao descrédito no futuro e na vida em geral. Diante disso, é essencial que sejamos intencionais com o que consumimos – tanto nas redes sociais quanto na mídia tradicional. Afinal, quem controla o conteúdo dessas plataformas é intencional no que oferece ao público. Seu objetivo é atrair e manter a atenção das massas, muitas vezes alimentando a alienação por meio de informações fúteis.
Por isso, é fundamental assumirmos a responsabilidade sobre o que escolhemos consumir. Tudo o que assistimos, ouvimos ou lemos deixa marcas no cérebro, mesmo que não nos demos conta disso. Para se ter uma ideia, nosso cérebro recebe cerca de 400 bilhões de bytes de informação por segundo, mas apenas uma pequena fração – cerca de 2 mil bytes – chega à nossa consciência. O restante é armazenado no inconsciente, influenciando nossos comportamentos e atitudes de forma sutil, mas profunda.
Imagine o impacto disso se não formos seletivos com o que vemos e ouvimos! É nossa responsabilidade proteger a mente contra essa sobrecarga. Isso inclui refletir sobre o que tem nos deixado ansiosos, nervosos ou angustiados, avaliando se essas preocupações são reais ou fruto de interpretações exageradas. Muitas vezes, ficamos obcecados com questões que não podemos resolver no momento ou que pertencem a um futuro sobre o qual não temos controle.
A chave está em focar no presente, conduzindo-o da melhor maneira possível para que possamos lidar com o futuro quando ele chegar. Pergunte-se: o que posso fazer agora para cuidar do meu bem-estar mental e emocional? Cultivar esse hábito pode ser transformador.
Seja intencional com o que você coloca para dentro da sua mente. Sua saúde emocional agradece.